quinta-feira, janeiro 29

DIA 18

31 JANEIRO 2009

Ontem, como estava muito barulho no dormitório e na pousada em geral (por ser sexta-feira), não fiz questão de tentar dormir logo e resolvi ligar o computador. Preparei mais algumas fotos e textos sobre a viagem.

Acabei por ficar 2 horas agarrada ao portátil. Perdi completamente a noção do tempo…

Comecei a ouvir, novamente, barulho por volta das 8:30 e preparei-me para comer tudo o que tinha direito no pequeno-almoço oferecido. A Vera fez o mesmo.

Fizemos umas sandes a mais, “just in case”.

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Como não chovia, ao contrário de ontem, juntámo-nos à multidão nas ruas, centros comerciais e supermercados. Havia gente por todo o lado, por ser fim-de-semana.

Comprámos comida para o almoço, tirámos fotografias no Rio Liffey, na zona do Trinity College e a uma estátua bastante conhecida da Molly Malone.
Almoçámos na pousada e prolongámos a nossa pausa para o almoço a ouvir música, a ler e a escrever. Isso durou praticamente toda a tarde.

A tarde esteve cinzenta e nós cheias de preguiça. Não nos preocupámos minimamente.

Pagámos 6 euros para que nos guardassem as malas e andámos sempre apenas com a mochila dos valores.

Quando a noite caiu, as pancadas de sono foram inevitáveis e tivemos de mudar de ambiente.

Escolhemos a sala da entrada da pousada, onde ontem esperámos ansiosamente pela hora do check-in e onde havia sempre movimento, sendo, portanto, mais fácil manter os olhos abertos e o cérebro activo.

Comemos uvas, coisa que não fazíamos há semanas. Estavam deliciosas!


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Por ser Sábado à noite, previmos muitos excessos. Nestes países, a malta começa a noite às 18 horas e, por volta das 23 ou meia-noite, já está de volta a casa. Sobram sempre as pessoas sem rumo ou as que levam a noite ao extremo.

Ao termos todo este panorama em consideração, decidimos ir jantar cedo e partir logo de seguida com destino ao aeroporto. Assim como assim, esperamos até às 3:20 (hora do check-in) dentro do aeroporto e não na cidade (já que a pousada fecha as partes comuns da meia-noite às 7 da manhã).

20:30, Restaurante Aya Sushi Bar, menu de 22 euros por pessoa, 8 pratos à escolha, uma “miso soup” e um “green tee”.

Ao contrário do que aconteceu quando chegámos a Dublin (e comprámos sushi “take-away”), fomos mal atendidas, os pratos que passavam na esteira tinham poucas ou nenhumas semelhanças com a comida japonesa, eram muito parecidos (não havendo um único de sushi montado ou em leque!), e, principalmente, sem qualquer aspecto de frescura. Apenas a “miso soup” foi das melhores que alguma vez provei. O “green tee” parecia água deslavada.
Ficámos desiludidas e, ao fim de tirarmos 4 pratinhos para casa uma (dos 8 a que tínhamos direito) decidimos tomar uma atitude.

Falei com a empregada e expliquei a situação. Disse que tínhamos escolhido um menu
de 8 pratos e que já estávamos enjoadas e mal dispostas só com 4. Disse também que não conseguíamos comer nem mais um prato que ali passava. Depois de nos entendermos, perguntei se podia fazer uma encomenda, visto estar habituada a comer comida japonesa (para não falar de já ter tido o privilegio de a provar no país de origem e saber como sabe e o aspecto que tem).

Encomendámos os 8 pratos que faltavam com sushi montado (3 de camarão cozido e 3 de atum fresco) e sushi em leque (2 de atum fresco). Pedimos salmão (claro!) mas, para grande espanto nosso, não havia.

Tentámos tirar algum proveito do resto do jantar e, depois da “ comida de plástico” que tínhamos comido no início, até nos fez lembrar comida japonesa.

O arroz do sushi montados era feito através de uma máquina especial (ou seja, não era moldado à mão, como os mestres de sushi fazem), as tiras de peixe (postas por cima), eram também cortadas por outra máquina especial, fazendo com que tivessem um aspecto artificial (rectângulos com 4 ângulos rectíssimos e todos com uma espessura de 2 milímetros)!

O sushi em leque, não tinha a dose de arroz certa para o tamanho exagero de peixe (atum fresco) e tinha um molho extremamente picante por cima (que também não estou a ver o se seria nem porque é que o teriam posto).

Não foi a primeira vez que ouvi chamarem sushi montado e em leque a “fast food japonesa”. Ainda mais num restaurante com o nome e a reputação que tem. Mas também nos apercebemos que, para um Sábado à noite, estava vazio e havia muitas pessoas com a mesma cara que nós.

Na Austrália era muito comum encontrar-se este tipo de comida (“fast food japonesa”), mas o preço era 1 $AU (0,80 euros) por peça e não 2,75 euros!

Pagámos 48 euros, e não 44 como inicialmente nos foi dito, e fomos embora. É inadmissível que se vá a um restaurante e ainda se tenha que pagar 2 euros por pessoa pelo banco, “Bar Seat Charge”, como vinha discriminado no recibo.

Apesar de tudo, experimentámos, o que não é um bom sushi bar e achámos que é essencial experimentar para poder falar que nunca mais repetir.

Fiquei com pena que a primeira vez da minha irmã num sushi bar tivesse sido desastrosa, para não falar no preço.

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Com apenas uma moeda de 2 euros no bolso (troco dos 50 com que pagámos o jantar), fomos comer um sunday de caramelo, promoção de 1 euro no McDonald´s. Soube-nos melhor que nunca. Estávamos completamente desidratadas de tanto picante e sal…
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00:30, Autocarro da Aircoach com destino ao Aeroporto de Dublin.

Esperámos 3 horas para que pudéssemos fazer o check-in. Estive entretida com o portátil até a bateria acabar.

Vimos um grupo grande de brasileiros e alguns espanhóis e portugueses. Provavelmente estariam à espera do voo para Faro tal como nós.

Havia muita gente a dormir em todo o lado (inclusive em cima das esteiras dos check-in, onde pomos as malas para o porão), até nos interrogámos como permitiam que isso acontecesse.

Deambulámos pelo aeroporto e o tempo até que os últimos minutos passassem. Fomos as primeiras a fazer o check-in e a entrar para a zona das gates. Estava ainda tudo fechado e não se ouvia barulho nenhum.

Liguei o portátil à corrente e continuei o que estava a fazer. Finalizei os textos e as fotografias até ao dia de hoje mas não consegui aceder à Internet do aeroporto para os pôr online.

A Vera dormia toda torcida em cima da mochila e dos casacos (em frente à Gate B 28), enquanto eu tentava manter-me acordada.

O voo partiu à hora certa e, mais uma vez, vazio. O piloto era todo simpático e parecia um excelente profissional.

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