Acordámos completamente rejuvenescidas. Comemos o que conseguimos do variado buffet gratuito e demos à sola com destino a Nova Iorque.
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Esperámos 1h pela camioneta. Toda a gente estava congelada a olhar para as televisões da sala de espera, onde o destaque era só e apenas o acidente de avião de ontem. Também acompanhámos interessantíssimas as notícias, queríamos estar a par do complexo processo de salvamento nas águas geladas do rio novaiorquino.
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(guardian.co.uk)
Para nosso espanto, percebemos que apenas se tratava de repetições de reportagens e pouco ou nada de novo ficámos a saber. Afinal não é só em Portugal que se fala dias a fio sobre a mesma notícia sem haver dados novos nem explicações concretas.
A tarde e parte da noite, foi passada dentro de uma camioneta completamente cheia de afro-americanos, 1 chinês e 2 europeias, nós.
Foi difícil dormir. Estava demasiado calor e, à excepção de nós duas (que íamos relativamente bem sentadas devido à nossa estatura), todos os americanos se manifestavam e discutiam por o parceiro estar a ocupar 1 milímetro do lugar do outro. Na verdade, a camioneta apenas tinha sido desenhada para pessoas elegantes :)
Depois de enjoarmos, ouvirmos música, assistirmos a desentendimentos, comermos, bebermos e tentarmos descansar, chegámos, finalmente, à capital do mundo, Nova Iorque.
Eram 20h, mas mais pareciam 2 da manhã. Seguimos rumo à pousada com paragem rápida para reabastecimento de água e comida.
Quando entrámos na pousada (West End Studios), estranhámos estar tudo limpo, o ambiente ser descontraído e o staff muito simpático. De acordo com os “reviews”que lemos na Internet, havia algumas queixas, principalmente no que dizia respeito a bichos.
Quarto duplo nº 404, situado no 4º piso, mesmo em frente ao Central Park. Tudo parecia limpo e a televisão funcionava, apenas um calor extremo nos fez voltar ao R/C.
Explicámos à recepcionista que o quarto era óptimo mas que estavam 50 graus lá dentro. Um rapaz interrompeu a conversa e disse que estávamos com sorte, o dele não tinha aquecimento (estava avariado).
Como tínhamos janela no quarto, conseguimos ir ajustando a temperatura, abrindo-a mais ou menos (e o parapeito ainda servia de frigorífico). O calor devia-se ao facto de passar um tubo de água quente num dos cantos. Nem nos podíamos aproximar dele (mas as nossas botas dormiram sempre quentinhas).
Tentámos comer o sushi na cave, onde é uma pseudo sala de convívio (com sofás, cacifos e uma televisão) mas, ao darmos o primeiro passo, uma ratazana gigante atravessou-se à nossa frente, correndo de um lado para o outro.
Escrevi umas palavras no diário e organizei as papeladas e os recibos enquanto a Vera meditava.
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(guardian.co.uk)
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