quinta-feira, janeiro 29

DIA 17

30 JANEIRO 2009

Foi um dos voos mais estranhos em que voei. Posso mesmo dizer que foi o mais estranho. Começou logo por levantar voo e permanecer a uma altitude muito baixa durante 1 ou 2 horas. Ninguém percebia o que se estava a passar. Estava toda a gente desconfiada e cada vez que o piloto falava, sentíamos um calafrio na espinha.

Ao nos avisarem que tínhamos que permanecer obrigatoriamente com os cintos apertados porque havia previsões de turbulência, constatámos logo que não iria ser um voo fácil.

Assim foi, com meio litro de água na barriga (do “large” chá que bebi no Starbucks), quase fiz xixi pelas pernas abaixo.

Serviram o jantámos rapidamente e apagaram as luzes apenas informando que o voo seria de 6 horas, ao contrário das 9 que fizemos no sentido oposto. Consegui que me dessem um copo de água quente e comi o resto dos meus “noodles” com vegetais.

Adormeci rápido e entrei em sono profundo.

Ao sentir muita luminosidade, os meus olhos custaram a abrir-se, mas fui obrigada a acordar sem perceber o que se passava (outra vez).

Numa questão de segundos, atravessámos uma coluna de ar, o que fez com que o avião descesse muito (pelo menos foi essa a impressão que tivemos) e que uma das hospedeiras caísse, assim como uns quantos passageiros. Houve logo gritos e gente a entrar em pânico.

Assustámo-nos e sentimo-nos indefesas.

Depois de alguns minutos de stress, percebemos que não iria ser servido o pequeno-almoço e que aterraríamos nos próximos 20 minutos (chegando meia hora antes do previsto). Fomos informados também que o vento continuava a soprar com bastante intensidade e que tínhamos de continuar com os cintos apertados.

Mantivemo-nos todos sentados, tensos e na expectativa que tudo acabasse em bem.

Confesso que tentava acalmar a Vera e tentava transmitir-lhe que tudo aquilo era normal mas, ao mesmo tempo, sentia-me nervosa e era invadida por um imenso calor que se propagava de baixo para cima, fazendo com que chegasse quase a vomitar.

A aterragem foi suave apesar do vento e do nevoeiro serem muito intensos. As pistas estavam molhadas e, em algumas partes, geladas.

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Saímos do avião pelo nosso próprio pé e caminhámos à chuva em direcção às instalações do Aeroporto Internacional de Dublin. Era ainda de noite mas estava prestes a amanhecer.

7:20, Aeroporto Internacional de Dublin.

Depois de passarmos pelo controlo de passaportes e de termos guardado metade da roupa, fomos à procura do autocarro gratuito que nos transportaria para a pousada (Paddy’s Palace Hostel). Esperámos 4 horas até podermos fazer o check-in.
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Enquanto a Vera dormia no sofá da entrada, eu navegava na net.

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Fomos ao supermercado, correios e posto de informação turística.

Aterrámos na cama e acordámos à noite.

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Banho, comida e cama outra vez. Dormitório nº 16 (10 pessoas, 5 beliches). Dormimos que nem uns bebés de barriguinha cheia e de fralda mudada.

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