sábado, janeiro 24

DIA 2

15 JANEIRO 2009

Saltámos do beliche às 7:30 orash para tentarmos comer qualquer coisa do pequeno-almoço a que tínhamos direito. Às 9h estávamos dentro do shutlle com um neozelandês, dois asiáticos e 2 europeus. A carrinha custou a pegar.

Já no aeroporto, na hora do check-in, tivemos que inventar uma morada durante a nossa estadia nos EUA, de outra maneira, era impossível embarcarmos. O guia de viagem foi a nossa salvação, copiámos a morada de um hostel qualquer em Nova Iorque.

I said to the check-in´s woman – “We’re so afraid. It’s a lie and we are going to the United States of America!” After that, she said – “Oh…don’t worry about that! That’s Okay!“

9 horas de voo, avião vazio, aterragem difícil por causa do vento.

#7# & #8#

No fim de tudo, respirámos de alívio.

15:10 horas em Washington D. C., 20:10 horas Faro e Dublin.

Quase a desmaiar de fraqueza, cansaço e agonia, esperámos 1h na fila para que nos carimbassem o passaporte. Ainda nada era certo e podíamos ter mesmo que voltar para trás no próximo avião se eles se lembrassem de confirmar a reserva da pousada.

Como éramos consideradas família, fomos as duas juntas para a zona de controlo de passaportes. O senhor era muito simpático e tentava, a todo o custo, pôr-nos à vontade (mas em vão!). Não sei mesmo qual de nós estava mais nervosa, e isso via-se tão bem…

Depois de montes de perguntas e de mostrarmos os nossos documentos de viagem, o senhor parecia não estar convencido. Hesitávamos muito e a Vera esperava sempre que eu respondesse primeiro para que não disséssemos sim e não em simultâneo (também porque ela não tinha fluência na língua inglesa). Já a transpirarmos e todas coradas, passámos à fase seguinte. UFA! “Ana, ponha na máquina o seu polegar esquerdo esticado, depois o direito, agora os 4 dedos da mão esquerda esticados e juntos, depois faça o mesmo com os dedos da sua mão direita. Por último, vire-se para a câmara. Já está! Vera? É a sua vez. Percebeu o que tem que fazer ou não? Acho que sim (completamente bloqueada e a tremer).”

Ao fim de uns segundos, ouvimos o som de uma data de carimbadelas completamente automatizadas e seguimos viagem sem dizer uma palavra.

Na sala onde esperámos, havia muitas fotografias do Obama.

Apesar de termos recuperado as nossas malas de porão relativamente rápido, não nos escapámos que fossem inspeccionadas pelos senhores agentes e pelos seus cães super bem treinados.

Mais nada se passou. Estávamos, finalmente, nos States!

#9# & #10

Numa entrada de metro, já em Washington D. C., pedimos ajuda a uma das funcionárias (parecidíssima à Whoopy Goldberg) que foi muito prestável e até se pôs a brincar connosco. Tinha um apurado sentido de humor. Era a típica americana que nós imaginávamos, negra, forte, brincalhona e muito cómica. Avisou-nos que não podíamos entrar com as maças que estávamos a comer (100 US$ de multa para cada uma).

Como já tínhamos lido que a capital dos EUA é uma cidade muito perigosa, principalmente à noite, fomos directamente para a pousada com um saco cheio de comida de plástico comprado no caminho. Apagámos completamente depois de comer, ao fim ao cabo, o nosso corpo acusava um cansaço de mais 5h, por causa do jet lag.

A Pousada da Juventude de Washington D. C., onde ficámos, não é nada de especial (as zonas comuns, principalmente a cozinha, metem nojo) e é cara, apesar de ter um pequeno-almoço gratuito bastante bom. O staff não prima pela simpatia e parece não saber o que significa a palavra respeito. Por não termos feito a reserva antecipadamente, e termos tido dificuldade apanhar a rede sem fios no nosso portátil (para o podermos fazer), pagámos por 1 noite a exorbitante quantia de 63 US$ as duas num dormitório de 10 camas.


#11#

Fingimos que nada aconteceu e dormimos um soninho descansado.

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