De volta à Austrália, cheia de força e de vontade! Mais um ano com muitos objectivos para realizar…
De mapa na mão, pus-me a caminho da minha nova casa.
É impressionante constatar que não tenho tido sorte nenhuma! Raios me partam!
Estou a sentir-me tão mal, mas tão mal, que só me apetece é chorar. Proponho-me eu a enfrentar um desafio destes, o de vir para tão longe sozinha com o objectivo de aprender umas coisas e dar a conhecer outras e, no fim, estou a começar o ano da maneira mais infeliz que podia começar, já viram isto?
A minha cabeça, neste momento, está a mil à hora. Só consigo pensar numa saída, o meu “amigo” Vítor que, por sinal, não me atende o telefone :( Ele mora em Sydney e sempre me ofereceu casa e ajuda. Hoje aceitaria sem hesitar :/
Sorry, vou explicar…
Desde que aterrei no aeroporto de Sydney, por volta das 11:20h, que o calor abrasador me persegue. Com a bagagem bem pesada e de comboio em comboio, cheguei a Doonside lá para as 15h, um subúrbio desta gigantesca cidade. Depois de andar meia hora fui ter a uma morada errada e, quase a desistir, consegui encontrar a minha futura casa para os próximos 6 meses (pensava eu).
Ao bater à porta, apareceram-me logo 3 putos que nem olá me disseram. Olharam para a esquerda e deram a entender que era ali o meu quarto, um cubículo de
Ou seja, pelo que entendi, estou à mercê de 3 putos que passam todo o dia aos berros a jogar jogos no computador. A mãe, depois de lhes perguntar 2 ou 3 vezes, percebi que não aparece tão cedo e nem sabem quando vem porque trabalha sempre que aparece uma oportunidade. Perguntei pelos lençóis da cama e por comida, encolheram os ombros.
Não sei mesmo o que faça à minha vida…
Esta nova familia, de origem filipina, mora na Australia ha aproximadamente 3 anos e nao fala o ingles correctamente.
…
Umas 6 horas depois…
Deitada na minha pseudo cama, depois de um banho tomado e de enfiar uma roupa bem fresca (ao contrário da que trazia vestida do Japão há aproximadamente 30h, porque o meu voo foi à noite e eu tive que fazer o check-out por volta das 10 da manhã na pousada), acabei por adormecer. Estava exausta e triste.
Por volta das 21h fui acordada pela mãe dos putos, Marie, que me disse, de modo pouco meigo, para eu ir comer que o jantar estava na mesa. Nem bom dia nem boa tarde…
Ao fim de uns minutos, e ainda meio apática, comecei a convencer-me de que a senhora não é má pessoa e que, para ela, oferece-nos o melhor que tem e que pode.
Com a conversa à hora do jantar fiquei ainda mais confusa e perturbada, o que vale é que eu quando tenho problemas, se me deito, é fácil adormecer e assim, não penso mais no assunto.
Assim foi…
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