sexta-feira, janeiro 11

De volta à Australia!

De volta à Austrália, cheia de força e de vontade! Mais um ano com muitos objectivos para realizar…

De mapa na mão, pus-me a caminho da minha nova casa.

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É impressionante constatar que não tenho tido sorte nenhuma! Raios me partam!

Estou a sentir-me tão mal, mas tão mal, que só me apetece é chorar. Proponho-me eu a enfrentar um desafio destes, o de vir para tão longe sozinha com o objectivo de aprender umas coisas e dar a conhecer outras e, no fim, estou a começar o ano da maneira mais infeliz que podia começar, já viram isto?

A minha cabeça, neste momento, está a mil à hora. Só consigo pensar numa saída, o meu “amigo” Vítor que, por sinal, não me atende o telefone :( Ele mora em Sydney e sempre me ofereceu casa e ajuda. Hoje aceitaria sem hesitar :/

Sorry, vou explicar…

Desde que aterrei no aeroporto de Sydney, por volta das 11:20h, que o calor abrasador me persegue. Com a bagagem bem pesada e de comboio em comboio, cheguei a Doonside lá para as 15h, um subúrbio desta gigantesca cidade. Depois de andar meia hora fui ter a uma morada errada e, quase a desistir, consegui encontrar a minha futura casa para os próximos 6 meses (pensava eu).

Ao bater à porta, apareceram-me logo 3 putos que nem olá me disseram. Olharam para a esquerda e deram a entender que era ali o meu quarto, um cubículo de 9 metros quadrados, onde a minha cama estava encaixada com a da minha colega (tipo puzzel), como se de uma cama de casal se tratasse. Para ajudar à festa, a casa ainda consegue atingir uma temperatura mais elevada do que a rua, as divisões são todas minúsculas, sujas e desarrumadas, principalmente a casa de banho e a cozinha, o que proporciona o paraíso para uns tais bichinhos chamados baratas.

Ou seja, pelo que entendi, estou à mercê de 3 putos que passam todo o dia aos berros a jogar jogos no computador. A mãe, depois de lhes perguntar 2 ou 3 vezes, percebi que não aparece tão cedo e nem sabem quando vem porque trabalha sempre que aparece uma oportunidade. Perguntei pelos lençóis da cama e por comida, encolheram os ombros.

Não sei mesmo o que faça à minha vida…

Esta nova familia, de origem filipina, mora na Australia ha aproximadamente 3 anos e nao fala o ingles correctamente.

Umas 6 horas depois…

Deitada na minha pseudo cama, depois de um banho tomado e de enfiar uma roupa bem fresca (ao contrário da que trazia vestida do Japão há aproximadamente 30h, porque o meu voo foi à noite e eu tive que fazer o check-out por volta das 10 da manhã na pousada), acabei por adormecer. Estava exausta e triste.

Por volta das 21h fui acordada pela mãe dos putos, Marie, que me disse, de modo pouco meigo, para eu ir comer que o jantar estava na mesa. Nem bom dia nem boa tarde…

Ao fim de uns minutos, e ainda meio apática, comecei a convencer-me de que a senhora não é má pessoa e que, para ela, oferece-nos o melhor que tem e que pode.

Com a conversa à hora do jantar fiquei ainda mais confusa e perturbada, o que vale é que eu quando tenho problemas, se me deito, é fácil adormecer e assim, não penso mais no assunto.

Assim foi…

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